Doppelgänger – O mito do duplo

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Uma partitura para o teatro de Domingos Oliveira

 

Hoje a tarefa difícil é levar o público ao teatro. Mais que nunca é difícil. O medo da violência nas ruas, pessoas saem menos de casa, priorizando a tv e o dvd. Para levar os espectadores ao teatro existem dois caminhos.

Um é o teatro burguês, a comédia de costumes que não poupa a vulgaridade e, de alguma forma, aprova ou defende a moral conformista, como única possível. A platéia vai e identifica-se. E fica gratificada pensando que a vida é só isso. Não queremos citar nomes, basta abrir os jornais e ver as peças que fazem sucesso. É o teatro conformista.

O outro caminho é a utilização da originalidade e da surpresa, em uma palavra: do escândalo. Quando Clarice Niskier monta as palavras de um rabino ou Pedro Cardoso exacerba o diálogo desesperado consigo mesmo… aí a platéia também é alcançada. No cinema, arte mais popular que o teatro, o thriller, com suas emoções fortes é talvez o tema mais seguro para agradar o público. Quando ele toca no campo do terror ou do mistério indevassável, exerce um fascínio que sempre resulta em grandes bilheterias. Mesmo quando se trata de uma produção simples como, por exemplo, “O sexto sentido” e outros. Esse tipo de peça, esse gênero nobre, que permite ao espectador estar próximo e pensar na morte é raríssimo no teatro.

Nossa finalidade é atingir essa região. Necessária, posto que sem a proteção e o divertimento da ficção, o homem não tem coragem de pensar na morte.

Existe um outro motivo, finalidade da montagem.

 

Elenco
Ricardo Kosovski
Priscilla Rozenbaum
André Mattos

Ficha Técnica
Direção: Domingos Oliveira
Cenários: Ronald Teixeira
Iluminação: Fernanda Mantovani e Tiago Mantovani
Figurinos: Ronald Teixeira e Eloy Machado
Assessoria de imprensa: Leila Meirelles
DIREÇÃO

Domingos Oliveira

Ano de lançamento

2014