A atriz, escritora e documentarista Maria Ribeiro e a escritora e cordelista Jarid Arraes recebem a escritora, atriz e jornalista Bianca Ramoneda e a professora, escritora e ativista indígena Eliane Potiguara.

A partir de livros que marcaram suas vidas, elas compartilham com o público conversas sobre diversidade de gênero, racismo, transformações sociais, erotismo, ancestralidade, vozes de mulheres indígenas, redes sociais e política.

Oficina gratuita “O Improviso na Escrita”, com Jarid Arraes.

A primeira edição ocorreu em novembro de 2023

“Livros e Ideias que Fazem a Cabeça” é uma série de encontros conduzidos pela atriz, escritora e documentarista Maria Ribeiro e pela escritora e cordelista Jarid Arraes com mulheres que reforçam o papel da diversidade e da inclusão, dentro e fora do ambiente literário – as duas convidadas que abrem a série, no Rio de Janeiro, são a escritora, atriz e jornalista Bianca Ramoneda e a professora, escritora e ativista indígena brasileira Eliane Potiguara.

A partir de livros que marcaram suas vidas, elas compartilharão com o público suas ideias e conversas sobre diversidades de gênero, racismo, transformações sociais, erotismo, ancestralidade, vozes de mulheres indígenas, redes sociais, política e o que mais couber do encantamento do público por boas histórias e bons livros.

Com duração de 90 minutos, incluindo perguntas da plateia, o evento promove a conexão de pessoas pela literatura, incentivando a leitura e a escrita, além de fortalecer identidades, enriquecer a diversidade e refletir uma pluralidade de vozes e histórias, tanto das escritoras como do público. Ou seja, é um espaço marcado pela diversidade e pela representatividade com escritoras de gerações, culturas, gêneros e perfis distintos, atraindo leitores e propondo novos olhares.

Ficha Técnica

Curadoria e Direção: Renata Paschoal
Cenografia: Fernanda Teixeira – Acervo Buendía
Iluminação: Rodrigo Miranda
Design: Dupla Design
Direção de Produção: Roberta Guedes e Luiz Prado
Midias Digitais: Da Gema
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
Produção: 17 Filmes
Realização: Forte Filmes
Patrocinio: CAIXA e Governo Federal

Oficina Gratuita com Jarid Arraes

“O Improviso na Escrita”

Na oficina, os participantes serão provocados com estímulos e conteúdos que disparem a escrita, abandonando a ideia de inspiração para trabalhar as habilidades de autoedição e de improvisação. Cada participante deve escrever, em prosa ou poesia, um texto inédito até o final da atividade, quando as criações serão compartilhadas em grupo.

Com a palavra

“É preciso que esse evento seja valorizado e celebrado, por possibilitar o acesso gratuito ao diálogo a respeito da literatura e daquilo que nos move pelas palavras. É ainda mais especial perceber o repertório e afeto da curadoria com o conteúdo que será partilhado. Uma oportunidade muito bonita de descobrir mais e levar nosso pensamento crítico e criativo além.”

Jarid Arraes, anfitriã.

“Livros que fazem a minha cabeça agora. Que fizeram minha cabeça ser a minha cabeça até aqui. Que vão fazer minha cabeça segurar o corpo mais pra frente. Passado, presente, futuro, e um lugar que atravessa todos os tempos, que é o da literatura. Bom, eu sempre fui uma criança angustiada. Com medo de bola, do universo, da morte, do escuro, da minha mãe desaparecer, de Deus não existir, do garoto que eu gostava não gostar de mim. Embora tivesse três irmãos mais velhos, muitas vezes me senti sozinha. Mas quando chegava a hora de dormir, não havia solidão. Os autores, as histórias, e as letras sempre me fizeram imensa companhia. Lembro de quando li Flicts pela primeira vez! Que alegria saber que não era só eu que me sentia estranha no mundo. Capitães de Areia, Dom Casmurro, Sidarta, foram muitos os livros que me deixaram sobre minhas pernas. Que me treinaram pro amor, pra amizade, pras tristezas. Agora estamos aqui na Caixa. Caixa, que pode ser um teatro, uma instituição financeira, um lugar pra gente guardar objetos importantes. Porque uma palavra pode ser muitas coisas. Porque A GENTE pode ser muitas coisas. E quanto mais livros a gente tiver na cabeça, mais significados poderemos dar pro tempo que temos aqui. Um tempo que agora é contado cada vez mais por mulheres. Mulheres com palavras na voz, por escrito, e em cada canto desse Brasil.”

Maria Ribeiro, anfitriã.

“Livros são vozes, são pessoas que falam através de páginas e, portanto, são vivos. Gostam e precisam conversar pois somente com essa conversa completam seus destinos. Palavras libertam e transformam: quem as escreve, quem as lê e quem se encontra movido por elas. A literatura tem esse poder. Em um mundo polarizado e com pouca paciência para conteúdos digitais com mais de um minuto, abrir as portas de um teatro para conversar, escutar, trocar de forma gratuita, olho no olho com uma plateia diversa é um desafio e uma convocação para o que temos de melhor: nossa capacidade de reconhecer no outro nossa humanidade a partir das diferenças e praticar junto com ele a invenção de novos modos de se viver. Vida longa a esse projeto!”

Bianca Ramoneda, convidada.

“Atividades como esta só vem para fortalecer o universo literário do público, divulgar as diversas culturas brasileiras, como a indígena, por exemplo que passou séculos no obscurantismo. O povo brasileiro precisa assumir mais a sua cultura ancestral, valorizá-la. E eventos dessa natureza vem despertar consciências para um mundo melhor para novas gerações.”

Eliane Potiguara, convidada.